quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mais de 613 mil vivem na miséria na PB

A Paraíba possui 613,7 mil pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza (renda de até R$ 70 per capita por mês), segundo dados preliminares do Censo Demográfico de 2010. No ranking do Nordeste, o Estado aparece, em números absolutos, apenas na 7ª colocação, enquanto nacionalmente na 12ª. Os três estados com maior número de pessoas em extrema pobreza no país se concentram na Região: Bahia (2,4 milhões), Maranhão (1,7 milhão) e o terceiro é o Ceará com 1,5 milhão. (veja o quadro).
Levando em consideração os números relativos, proporcional à população do Estado, a taxa paraibana de pobreza extrema sobe para 6ª posição no Nordeste com 16,2% dos 3,7 milhões habitantes. Já o Maranhão, que estava em segundo lugar em números absolutos, lidera o ranking com taxa de 24,6% de sua população vivendo com extrema dificuldades. Há também modificações nas demais posições. O Piauí que estava em quinto sobe para segunda posição (21,4%), Alagoas sobe terceira (20,4%), Ceará cai para quarto lugar (17,85%) e a Bahia sai do primeiro para a quinta posição (17%). Na sequência, estão Paraíba (16,2%), Sergipe (15,04%) e Pernambuco, que cai de quarto para oito (14,9%). Já o Rio Grande do Norte (12,8%) possui a menor taxa proporcional, com pouco mais 405,8 mil vivendo com renda até R$ 70 por mês.
O estudo do IBGE delimitou a extrema pobreza por faixa etária. A população adulta paraibana na faixa de 25 a 64 anos concentra mais de 40% dos miseráveis do Estado, o que representa  246,3 mil pessoas. A segunda porção de extrema pobreza atinge crianças e pré-adolescentes  de 5 a 14 anos com 27,1% dessa população (166,9 mil). Já os idosos, acima de 65 anos, registra a menor proporção de pobreza extrema com pouco mais de 1,33% (8,2 mil dos 182,2 mil acima dessa faixa). As demais faixas etárias em situação de extrema pobreza estão crianças de zero a quatro anos (74 mil) que aparecem tecnicamente empatados com a população jovem de 18 a 24 anos (73,4 mil pessoas). As duas faixas apresentando 12% da população, enquanto os adolescentes de 15 a 17 anos com um total de 44,4 mil (7,2%) completam a distribuição dos extremamente pobres por faixa etária.
Segundo o IBGE, a região Nordeste concentra a maior parte da população em situação de pobreza extrema do país (9,61 milhões), o que representa 59,1% do total do país. Destes, a maior parcela (56,4%) vive no campo, enquanto 43,6% estão em áreas urbanas. A taxa da região Nordeste é de 18%, enquanto do país 16,29%. Em números absolutos, a região Sudeste vem em segundo lugar com 2,7 milhões, seguida pela Norte (2,6 milhões), Sul (715,96 mil), e Centro-Oeste (557,44 mil).
Para delimitar os brasileiros que vivem em condição de extrema pobreza, o governo federal utilizou dados preliminares do Censo Demográfico de 2010. A linha de pobreza foi estabelecida em R$ 70 per capita considerando o rendimento nominal mensal domiciliar. De acordo com o IBGE, do contingente de brasileiros que vivem em condições de extrema pobreza, chega a 16,2 milhões. Ainda segundo o levantamento, a grande maioria dos brasileiros em situação de miséria é parda ou negra, tanto na área rural quanto na área urbana.

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